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A faca
A faca tem ponta,
Que conta,
E deixa tonta, a moça gela!
A faca corta
E espanta, depois entorta quando bate na porta,
E isto importa? A moça gela!
A faca cai,
Cai de ponta,
E aponta à porta,
A moça morta! (Foto extraída da net)
3 comentários:
Nossa Ana!!! Que belíssimo jogo de palavras e de imagens poéticas. Lembrou-se a Filosofia da composição de Edgar Allan Poe, em sua análise do poema O Corvo, em que ele explicava como atingir o efeito desejado através da mescla de estranhamento e beleza. Parabéns, amiga. Seja bem-vinda ao GPS. Um abração, Zé.
Ops, lembrou-me... hehehehe
A moça gelada;
uma ponta de vida,
virara-se e levara-lha.
A porta, submissa,
corou, nada disse,
fechada em copas.
Cortou-se algo,
alguém...
(talvez...).
A tonta da jovem,
tanto contara,
tanto seduzira...
que a porta se entreabriu,
quase cúmplice,
(ignara, quem sabe?)
e a faca, dançaricou,
sorriu e estacou!
Estacou onde era suposto.
A moça rodopiou,
nem tocara o véu de rede,
de viúva;
a porta triste,
e finou-se o acto!!
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