quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A faca




A faca tem ponta,

Que conta,

E deixa tonta, a moça gela!

A faca corta

E espanta, depois entorta quando bate na porta,

E isto importa? A moça gela!

A faca cai,

Cai de ponta,

E aponta à porta,

A moça morta!


(Foto extraída da net)

3 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Nossa Ana!!! Que belíssimo jogo de palavras e de imagens poéticas. Lembrou-se a Filosofia da composição de Edgar Allan Poe, em sua análise do poema O Corvo, em que ele explicava como atingir o efeito desejado através da mescla de estranhamento e beleza. Parabéns, amiga. Seja bem-vinda ao GPS. Um abração, Zé.

José Antonio Klaes Roig disse...

Ops, lembrou-me... hehehehe

Jaime A. disse...

A moça gelada;
uma ponta de vida,
virara-se e levara-lha.
A porta, submissa,
corou, nada disse,
fechada em copas.
Cortou-se algo,
alguém...
(talvez...).
A tonta da jovem,
tanto contara,
tanto seduzira...
que a porta se entreabriu,
quase cúmplice,
(ignara, quem sabe?)
e a faca, dançaricou,
sorriu e estacou!
Estacou onde era suposto.
A moça rodopiou,
nem tocara o véu de rede,
de viúva;
a porta triste,
e finou-se o acto!!