"Sou a gaivota
que derrota
todo o mar tempo no mar alto
eu sou o homem que transporta
a maré povo em sobressalto"
(José Carlos Ary dos Santos in As letras das canções)
Trepei ao poente,
trouxe o meu povo.
Êxodo letárgico,
a busca do sorriso.
Lentas,
gaivotas deslizantes,
em rotas de golfinho.
Inquieto, aquele povo-gente,
mirava um susto de mar irado.
Lobriguei caminhos,
atalhos de fuga.
Alguém quis ciciar uma oração;
o tempo fora longo, dorido,
assim a prece.
Longe, a fúria dos donos das vidas.
Agora, podíamos estacar ali pra sempre.
Mas a revolta fora nossa,
partiríamos menos amarrados,
mais nós!
Assim seria,
entre vagas,
entre medos,
entre tanto!!
(foto extraída da net)
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5 comentários:
Pois...
Mas eu hoje nada quero saber de poesia...
Estou num bar com 4 uisq´s a bordo a ouvir
Dá-lhe a chupeta...
Dá-lhe a chupeta...
Quer melhor poesia?
Um abraço
Jaime, mais um belo poema.
Quanto a imagem, não aparece... Não consigo vislumbrá-la. Assim como em teu outro texto, não há ilustração visível.
Um abraço, amigo.
Caro Zé,
aqui começa o "vislumbrar" das imagens.
Peço desculpa pelo atraso; assim nos sintamos recompensados :-)
Aquele abraço.
Jaime
Vieira Calado,
acho que a "poesia" está escondida por detrás de tudo: a começar por nós mesmos... Por que terá de ser toda tão "embrulhadinha em papel"?
E por que teremos de ser sempe todos tão "poetas" se até "o poeta é um fingidor"?
Abraço.
Oi, Jaime. Bela imagem. E concordo contigo. Poesia é fingimento sentido. Um abraço.
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