(...) encontrar um poema
nos bolsos duma gabardina amiga.
Entrevê-lo entre duas gargalhadas,
ao entardecer d'avenida,
entre pombos e migalhas.
Vislumbrar o poema,
ingeri-lo de cor,
derramá-lo em cascatas.
Circulará hoje esse poema?
Fará leitura geográfica
em cátedra impante?
Ou será um bilhetinho,
passado à socapa,
entre dois trejeitos
e um bafiento sorriso?
nos bolsos duma gabardina amiga.
Entrevê-lo entre duas gargalhadas,
ao entardecer d'avenida,
entre pombos e migalhas.
Vislumbrar o poema,
ingeri-lo de cor,
derramá-lo em cascatas.
Circulará hoje esse poema?
Fará leitura geográfica
em cátedra impante?
Ou será um bilhetinho,
passado à socapa,
entre dois trejeitos
e um bafiento sorriso?
(inspirado em moriana)
(publicado no meu blogue www.soprodivino.blogspot.com)
Um comentário:
"ingeri-lo de cor,
derramá-lo em cascatas.", eis a essência do fazer poético... Vem em gotas e depois deságua, da nascente a foz. Belo jogo de palavras. Um abraço
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