quarta-feira, 28 de outubro de 2015
veste
terça-feira, 21 de julho de 2015
luz
Há quanto tempo não via
as tuas mãos:
o tempo encarregou-se delas,
de as trazer para este tempo.
E os teus olhos?
Brilham como sempre,
e como sempre,
venceram o ar mortiço
desta cidade de que se elogia sempre
[a luz: fechada entre portadas].
É em Lisboa que sempre te encontro,
é aqui que louvo sempre os teus olhos,
que me encanto com a luz que trazes
sempre contigo.
Por isso, a tempo e sempre, recordo
as tuas palavras:
"Vives sobre um tapete rolante
do qual nunca te escaparás; aproveita a luz
e que te não escape o viver."
(Jaime A.)
(fontes das imagens:
https://www.google.pt/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http%3A%2F%2Fwww.guiadacidade.pt%2Fpoi-miradouro-de-santa-luzia-21969&ei=I_WuVZiIPMbW7Ab55b34BQ&psig=AFQjCNGNdKSrcXAG9A-NtTnEWjHqCZJEGQ&ust=1437615780422645
e
https://www.google.pt/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.aviewoncities.com%2Fimg%2Flisbon%2Fkvept0465s.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2Fwww.aviewoncities.com%2Fgallery%2Fshowpicture.htm%3Fkey%3Dkvept0465&docid=ONn2EBkYHl3IjM&tbnid=kETEXng3vzySEM%3A&w=660&h=440&ei=YfauVa3SFcSy7QaIhI34CA&ved=0CAgQxiAwBmoVChMI7Ybct8_txgIVRFnbCh0IQgOP&iact=c)
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
agora
nasceu o Sol,
já as nuvens
se esfarriparam para algures,
e o vento,
(ah o vento!)
esse foi-se esmorecendo
pelos caminhos do sul.
Agora,
é o tempo das colheitas,
do trigo 'prenho',
da claridade
e do assalto da alegria.
Agora,
é o tempo das redes luzentes,
faiscantes de vida
e de esperança.
Agora,
é o meu tempo
e o tempo desta terra
em que nasci,
pai-mãe dos meus sonhos
e chão-minha-Pátria,
e terra a que chamo Nação!
(Jaime A.)
(Foto do autor obtida com telemóvel:
Berlenga Grande, Verão 2011)
N.A. - "Agora" é também o tempo do texto tosco, previsível
(texto publicado previamente no meu blogue Sopro Divino)
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Rua das minhas memórias
Rua em que corri descalço, rua em que brinquei com a água empossada da chuva.
Rua que me levou a escola, rua que me trouxe de volta para casa.
Rua onde fui comprar pão, leite e o cigarro da mãe.
Rua onde fiz amigos, rua onde briguei.
Rua onde vi a menina passar e me apaixonei.
Rua onde sofri a desilusão do amor de menino, deixei de amar, e onde amei tantas outras vezes.
Rua da bola, do carrinho de rolimã, dos cavalos, das árvores e dos cães.
Rua dos meus irmãos, rua onde corri da surra da mãe.
Rua onde abracei e chorei, rua onde ri vezes sem fim.
Rua das lembranças, rua da minha eterna saudade.
Rua que já não encontro, quando para ela retorno.
Rua que hoje é sonho, sonho que foi e não volta mais.
Poesia de Luis A R Branco
Fotografia de Luis A R Branco
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Óh Saudade
Óh Saudade, cruel dama da noite que inflama o coração do solitário.
Até quando desprezarás as canções dos que amam?
Até quando rejeitarás os versos dos poetas?
Até quando usarás a lua e as estrelas como teus algozes?
Óh Saudade, tu que espezinhas aquele fica e o que se foi.
Até quando te banharás nas lágrimas dos imigrantes?
Até quando te deliciarás nos choros dos órfãos?
Até quando encurtarás teus passos nesta longa caminhada?
Óh Saudade, senhora do crono,
Até quando atrasarás as horas das chegadas?
Até quando adiantarás as horas das partidas?
Até quando insistirás em estar presente?
Óh Saudade, como podes matar-me com doces lembranças?
Até quando usarás o amor para infligir o teu mal?
Até quando usarás os abraços para abandonar-me?
Até quando usarás o sorriso para me levar ao pranto?
Óh Saudade, até quando?
Poema por Luis A R Branco
Fotografia por Luis A R Branco
Twitter: @LuisARBranco
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Amo-te
Amo-te,
Amo-te mais do que és capaz de imaginar,
Amo-te mais do que sou capaz de explicar,
Amo-te mais do que é possível medir,
Amo-te tanto que é impossível viver sem ti.
Amo-te,
Amo-te acima de tudo o mais,
Amo-te acima de mim mesmo,
Amo-te acima dos meus sonhos e ideais,
Amo-te tanto que sem ti, de nada sou capaz.
Amo-te,
Amo-te com o prazer de te amar,
Amo-te sem que este amor venha em um escravo me tornar,
Amo-te livremente, sem medos, sem receios, sem ciúmes.
Amo-te tanto, mas um amor livre e desinibido.
Amo-te,
Amo-te como quem conhece-te,
Amo-te tanto que mapeei todo este corpo teu,
Amo-te tanto como se meu sangue estivesse misturado ao teu,
Amo-te tanto que nos tornamos um quando teu amor corresponde ao meu.
Amo-te,
Amo-te pelo simples prazer de amar,
Amo-te pela simples satisfação de contigo estar,
Amo-te com a certeza de quem nunca te verá partir,
Amo-te na feliz realidade de que sem ti para lado algum me interessa ir.
Poesia de Luis A R Branco
Twitter: @LuisARBranco
Fotografias de Luis A R Branco (Cabo da Roca, Sintra, Portugal)
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
NaTaL
Fala de Diógenes a
quinta-feira, 13 de junho de 2013
geografia
Obliterei caminhos,
rosáceas,
as batentes das sombras.
Embrenhei-me,
desenvolto,
nas poeiras fumegantes,
nos incensos já mortiços,
nos passos rasos
dos tempos
de reis-faraós,
césares depois,
imperadores,
mais tarde czares,
distantes, sempre;
talvez amados,
sim,
em algumas geografias,
mas vagos,
mapas em branco,
tão reticentes...
(Jaime A.)
(Fonte da imagem:
http://anammanzo.wordpress.com/2011/01/12/void-immaterial-essence/)
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Estímulo visual
Jaime A.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
rolha
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Σειρῆνας
Minha querida Σειρῆνας:
quarta-feira, 21 de março de 2012
tempus fugit
Jaime A.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
leva a corrente
Jaime A.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
imagem
pelos livros de sonhos;
Jaime A.
(publicação prévia no meu
blogue sopro divino)
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Agora é o fascínio do branco,
da alquimia da posse,
da refrega;
abraço a sinceridade,
os despojos da esperança;
fiz-me à vela,
entre rochedos de espumas
[em buliçosa ruptura];
estou mais longe de mim
do que antes das claridades
das madrugadas rompantes.
Até quando estarás afastada do meu tacto,
do meu alento?
Jaime A.
(fonte da imagem:
http://www.domontgallery.com/,
poema publicado originalmente
no meu blogue sopro divino)
domingo, 12 de setembro de 2010
Foto Síntese
Na foto síntese dos dias, vi
Descolando o papel de parede do céu...
Descascando a pintura da parede da casa de Deus...
Quem foi que apagou a linha do horizonte?
Que pintor foi esse que emendou céu com mar,
que fez do meu mar, minha paixão, meu amor?...
José Antonio Klaes Roig