terça-feira, 17 de março de 2009

A corda



A corda amarra,


Faz laço, e lança longe.


A corda acorda a moça,


E a moça grita, a corda salta.


E bate, a moça chora.


A corda enrola, e o desgosto,


Ela envolve o pescoço,


A moça grita e chora.


A corda puxa, a moça suspira,


E a corda sobe, e desce, e sobe, a moça morre.
(Imagem extraída da net)

2 comentários:

José Antonio Klaes Roig disse...

Oi, Ana. Precioso esse poema, tal qual o outro "A faca", que guardam entre si um parentesco de estrutura similar mas com uma mensagem diversa e universal. Um poema para ser lido e relido muitas vezes. parabéns, amiga. Um abração. Zé.

Jaime A. disse...

Olá, Ana,
há mesmo um parentesco com "A faca": esse rimo sincopado, em estilo visual (plástico?), a dança com a morte: adorei o que escreveste.
Fico à espera do próximo ;)

Um beijo