segunda-feira, 9 de março de 2009

soneto ao quase-voo...

(imagem retirada da net)

Bailarina de papel,
volteias fincada
num velho burel,
em risos de nada.

Rodeias, giras, sobes.
Quem irá cinzelar,
em cisco ouro, cobre,
vórtice assim lunar?

Num hirto espaço,
tinta tuas mãos
de grácil harmonia.

Louca, ágil, rodopia!
Corpos mortos, vãos;
sinistro, fatal passo...



2 comentários:

Ana Matias disse...

Muito linda a tua bailarina Jaime!
E a imagem que escolheste presenteou ela com essa sina mórbida e sinistra que acompanha ela.
Beijão!

José Antonio Klaes Roig disse...

Caro Jaime, belíssima junção de imagem e texto, tua bailarina de papel quase alça voo mesmo. Na minha imaginação voou alto. Parabéns! Um abração,