Para lá...
Sentou-se no lusco-fusco
entre duas pedras de maresia.
Um vento de além-vida
cobria-lhe gentilmente
os cabelos de sal.
Sentara-se ali
havia minutos;
trezentos e noventa anos antes;
uma memória vislumbrara
a nesga do porvir duma nação,
aquilo que a salvaria
de si mesma.
Um rei, um príncipe, um povo,
"uma Fé, um Império".
Sobrara o sonho, os cabelos salinos.
Um vento carregado de naus
enchia-lhe os pulmões;
o sentir
de uma História
que lhe era tão hereditária
como a cor dos cabelos de sal.
Uma Nação fora para lá de Alexandre,
no seu regresso trouxera o esquecimento
a que nem Alexandre fora votado.
"Malhas que o Império tece..."
Publicado por Jaime A. residente em Lisboa, Portugal, latitude e longitude: 38º72" Norte e 9º14" Oeste
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
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3 comentários:
Caro Jaime, belo poema de estreia no GPS, para completar, só faltou uma imagem para ilustrá-lo.
Hoje, em um mundo globalizado, vivemos o dilema entre nação e pátria, das identidades literalmente em trânsito... Tema para muitos poemas. Bem-vindo ao GPS.
Um Abraço.
Olá José, pelo excesso de "mancha gráfica", optei pela simplicidade...
Nações sem raça, sem religião, com língua, isso sim!
Um abração
belo poema...vou estar atenta a eswte blog
beijos
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