segunda-feira, 31 de agosto de 2009

vagas












Das brumas da minha tarde
volvi aos pássaros
a pique.
O ares estavam secos,
as juras tinham morrido,
infectas,
repousando,
quais estátuas jacentes,
nas lajes de poemas
já comidos pelo tempo.
Ao fundo,
dois castiçais amortecidos
pelas brisas derramadas
em fugas pendentes;
memórias puídas,
que vagos murmúrios
empedravam
no esquecimento da tua pele...

(imagem retirada da net)
(poema originalmente publicado no meu blogue sopro divino)

2 comentários:

Paula Raposo disse...

E que eu gosto muito! Beijos.

maré disse...

tão velho o cansaço das minhas sílabas.
tão gasto o granito das minhas fugas.
a oriente o exílio dos pássaros
que na boca sufocou a memória da nossa pele.
_______

ouço um murmúrio...
será o mar?

beijo de luar, redondo